– Oi.
– Hmm.. ahnn… que horas são?
– Não tenho bem certeza. Umas três talvez.
– Tá tudo bem?
– Nada mal.
– Tu tá em casa?
– Sim. Cheguei há pouco.
– Onde estava?
– Por aí.
– Bebeu muito?
– Nada demais.
– Muito.
– Tudo bem aí?
– Me ligou a essa hora pra saber isso?
– Sim. Não. Bem…
– O que houve?
– Nada. Eu só precisava… só queria…
– Aconteceu alguma coisa? Quer que eu vá até aí?
– Não. Está tarde. Eu só queria dizer… boa noite.
– Me ligou pra dar boa noite?
– Sim.
– Tu é louco. Nunca vai deixar de ser.
– Vou sim.
– Sei.
– Boa noite. Dorme bem.
– Obrigada. Tu também. Vê se descansa.
– Descanso sim. Não te preocupa.
– Tá bom então. Beijo.
– Beijos. Tchau.
– Tchau.
2 comentários em “Mais um suicídio re-editado”
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Adoro tuas histórias!
Mas essa tem um probleminha. Se tu não nos diz que é um suicídio, não parece um suicídio.
Claro que o título pode servir para isso.
Ah, e adorei o:
– Tu é louco. Nunca vai deixar de ser.
– Vou sim.
Saber que se trata de um suicídio e ler aquilo me fez sorrir como se estivesse por dentro de uma piada muito interna.
Fogaréuzin… Tenho essa mesma falta de noção de horários… E sou feliz, cara!
Abraço..