Palmtop, o Anão…

Quando finalmente o Acre for destruído por uma bomba atômica ou por uma avalanche de guarda chuvas e eu conseguir ganhar na mega sena multi-acumulada, eu contratarei um anão para me servir. Com a destruição do Acre ficará mais fácil de contratar anões refugiados a preços decentes.

As atribuições do meu anão serão bastante simples. Antes de tudo, ele deverá ter uma agenda com todos os meus compromissos, lembrando-me de cada um deles sempre em tempo de eu não perdê-los. Em segundo lugar, ele teria um palmtop com câmera com a finalidade de fotografar cada pessoa que eu venha a conhecer, e preencher um pequeno profile da pessoa, dizendo quando e como a conheci e os assuntos sobre os quais conversamos. Com apenas estas duas atribuições, meu anão já substituiria grande parte da minha memória.

Além disso, ele seria encarregado de ler os briefings em voz alta para mim, enquanto eu caminhasse para pegar mais café. (Não, servir café não é ffunção de Palmtop, o Anão). Ele também ficaria me cutucando de tempos em tempos, me lembrando de fazer tarefas corriqueiras, como marcar exames em médicos, fazer jpgs para o atendimento e desligar o fogão depois de terminar de fazer a comida. Meus e-mails de trabalho, inclusive, passariam a ser sempre encaminhados com cópia para o Palmtop.

Creio que uma vez que eu passasse a utilizar este serviço inigualável, logo várias pessoas iriam aderir a ele. A vantagem do anão em relação às pessoas mais altas seria a facilidade de se locomover entre as outras pessoas e o fato de ocupar muito menos espaço que outras pessoas. Sim, sei o que estão penando: “Mas por quê ele não contrata uma criança chinesa, então?”. Porque é crime, ora.

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