Antes de tudo devo esclarecer que sim eu estava duplamente certo: estou com sinusite, e o dia foi uma bosta.
As releituras de que falo no título não significam o mesmo termo afetadinho que significa “adaptação homicida de algum pseudo-cineasta ou pseudo-dramaturgo de alguma obra da literatura pro teatro”. Falo em ler de novo mesmo.
Hoje, enquanto tomava o Coquetel Hipocondríaco, comecei a pensar nisso. Como estou relendo um dos meus Rubem Fonseca (o qual inevitavelmente me influencia bastante quando escrevo) comecei a pensar porque gostava de reler algumas coisas, uma vez que eu já conhecia a história.
Concluí que apenas que realmente gosta de literatura relê. A segunda leitura não é originada da vontade de saber a história de novo, uma vez que já se conhece ela. A segunda leitura é a sede da maneira como o escritor conta a história. Does recursos usados, das frases interessantes.
Porém isso me levou a pensar em por que assistimos alguns filmes mais de uma vez, e isso me mostrou um segundo motivo para a releitura. Assim como o cinema, as emoções que um filme transmite são, na verdade, o conjunto de identificações, “momento histórico” da vida da pessoa, sensações presentes quando se assiste, e a presença ou não de um gordo com asa comendo a pipoca fedorenta do cinemark do seu lado.
Quando alguém vê um filme de novo quer reviver os mesmos sentimentos que viveu quando viu pela primeira vez. No caso dos livros, acho que o poder de arremessar a pessoa de volta à época em que leu o livro pela primeira vez pode ser maior ainda.
Mas isso é tema pra horas de divagações e estou cansado. Meu corpo dói, minha cabeça dói, meus maxilares estão dormentes, o tela do computador brilha demais e eu sei que de manhã estarei pior.
Ficar doente já é uma merda. No verão então, bah!
Por hoje era isso.