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Alguém capaz de cometer a atrocidade cometida pelo funcionário do banco central Ricardo Neis, certamente não deveria passar impune.
O que me surpreende, considerando a descarada linha escolhida pelo advogado de defesa, é que alguém que se sente ameaçado e reage como ele – atropelando todo mundo que vê pela frente – seja capaz de passar no exame psicotécnico e obter uma carteira de motorista. Até porque, até onde sabemos, o cara estava sóbrio!
Quem quer que dirija diariamente em Porto Alegre sabe que o trânsito está cada vez pior. E com pessoas como ele sendo consideradas habilitadas a dirigir, isso não é nenhuma surpresa.
Nestas horas, sempre penso em como reagem os familiares do criminoso. Fico pensando no que os parentes, amigos e colegas dele irão pensar quando estiverem ensinando os filhos a andar de bicicleta. No que pensaram as pessoas que um dia pegaram carona com esse cara ao assistirem o vídeo? Será que os familiares dele compreendem que esse cara só não matou alguma criança por sorte? Será que dá pra conviver com alguém como ele após ver os corpos daquelas pessoas voando ao serem atingidos pelo carro?
Esse cara não pensou em ninguém quando acelerou contra os ciclistas. Não pensou na segurança e saúde dos ciclistas. Não pensou nos parentes das vítimas. Não pensou nem mesmo nos parentes e amigos dele.
Espero, sinceramente, que a justiça brasileira não adicione à sua coleção de vergonhas a absolvição deste psicopata.
Pior que a única pessoa em quem um egoísta desses poderia ter pensado era o filho dele, que tava lá dentro do carro. Nessa hora, qualquer ser com um mínimo de discernimento mudaria a rota e sairia em segurança, tranquilamente. Mas não, achou que era hora da primeira lição da auto-escola do piá e saiu isso.