Gravity The Seducer (Ladytron 2011)

Dia 12 de setembro na Europa e dia 13 de setembro nos Estados Unidos, Ladytron lançou seu novo álbum: Gravity The Seducer. Realmente mais uma prova de que a banda é foda mesmo. Normalmente eu comento as faixas dos álbuns que eu gosto, mas como a banda disponibilizou as músicas no SoundCloud para serem ouvidas e compradas, segue o player abaixo. E mais abaixo, dois clips do novo álbum.

 

 

 

 

Showroom of Compassion – Cake

Lançado dia 11 de janeiro deste ano, este é o primeiro album lançado pela banda desde 2004. Showroom of Compassion também é o primeiro álbum deles a ser lançado de forma independente. Produzido pelo próprio Cake, o álbum me soou um tanto diferente dos anteriores. Embora os metais, o moog e os demais barulhinhos sigam o velho estilo do Cake, o vocal está bastante diferente, além de estar com o volume mais próximo do resto do instrumental, dando uma cara menos pop para as músicas.

Abaixo, comentários música por música (que escrevi antes de escrever o início deste post, o que pode fazer soar um pouco esquizofrênico):

Federal Funding – Faz tempo que eu não ouço Cake, mas “à primeira vista” parece outro vocalista. A melodia e a letra soam Cake, mas o vocal tá bem diferente.

Long Time – Já começa afudê e agora o vocal, embora siga com o timbre um pouco diferente, está com a mesma intenção do Cake que eu estava acostumado (relembrando que eu não ouço Cake há horas). Como sempre, o baixo é muito foda e a música tem “reviravoltas” sensacionais. Barulhinhos legais com bom trabalho de pan, que o Pedro deve ter adorado. (linkar).

Got to Move – babadinha que seria muito bem vinda em uma reunião dançante, se essa pirralhada sem graça soubesse o que é isso. Levadinha tranquila com backing vocals bem aproveitados.

What’s Now is Now – aqui ou eu já me acostumei com as mudanças ou já está soando “muito mais Cake” pra mim. Interessante a mixagem do vocal próxima aos instrumentos. Bem pouco pop. Se mescla bem com o teclado e a guitarra.

Mustache Man (Wasted) – baixo fogão, chocalho de cascavel clássico, timbre de voz meio diferente. Acho que começo a compreender a proposta do negócio.

Teenage Pregnancy – Cornetinhas me lembrando Los Hermanos, melodia me lembrando Beiruth, mas com o baixo e os barulhentos do Cake. Além disso, a melodia tem tudo a ver com o nome da música. A saber: é instrumental.

Sick of You – Acho muito bom quando uma banda acha uma fórmula que funciona, a usa de forma sempre interessante de modo que cria uma identidade. A voz de radinho que volta e meia aparece nas músicas do Cake funciona. E funciona como um recurso e não como uma artimanha, e isso é muito afudê.

Easy to Crash – Até agora a musiquinha mais fraca do álbum, na minha opinião. O tecladinho é legal, mas a gritaria meio que cansa.

Bound Away – Countryzinho com direito a slide e tudo. Como diria o Fabian, “recuperando o gráfico do setlist”. De se sentir bebum no México, tendo fugido após roubar um banco.

The Winter – Embora o refrão seja bem legal, o resto da música não me pareceu muito interessante.

Italian Guy – Qualquer pessoa que goste de música e que tenha nascido antes do mundo não passar de uma playlist interminável é obrigado a entender a importância da escolha da música que irá finalizar um álbum. Aqui não temos um fim apoteótico, mas a escolha foi muito boa. A música se destaca bastante do resto. O violino foi bem utilizado, os barulhinhos estão incríveis e a melodia é realmente boa.

Impressões finais: o álbum é bem bom, e acho que vou gostar mais dele depois que ouvir mais. Fico feliz que o Cake tenha lançado algo novo.

Battle for the Sun – Placebo (2009)

Battle for the Sun

Depois de séculos sem escrever porra nenhuma aqui, lá vou eu pra mais mais uma resenhazinha musical.

Como eu ando mais alheio do que nunca aos acontecimentos da vida das bandas que eu gosto, eu não tenho lá muitas informações sobre a produção do mais novo album do Placebo. Dessa forma, vamos apenas aos comentários sobre as músicas, uma a uma:

1) Kitty Litter: Os timbres da primeira música puxam pra um Placebo muito mais Without You I’m Nothing do que pra um Placebo Meds, embora a levada da música mantenha a mesma pilha do Meds;

2) Ashtray Hearts: Quem me conhece medianamente bem sabe a extensão da minha abominação em relação à língua Espanhola. O que torna nada surpreendente a péssima sensação que os backing vocals em espalhol que abrem a música (e que infelizmente voltam em todos os refrões). Ponto pro Placebo que conseguiu fazer uma melodia empolgante o suficiente pra que eu consiga relevar o espanhol;

3) Battle for the Sun: Música que batiza o album, eu já tinha tido a chance de ouvir antes do lançamento, graças a uma promoção feita pela banda pra quem assina a mailing list deles. Novamente me soa como uma mescla eficiente de timbres de um Placebo mais antigo com um ritmo do Placebo dos últimos albuns;

4) For What is Worth: Até agora a música mais diferente do álbum. E considerando os backing vocals desta música e os da segunda, dá pra sacar uma proposta de experimentar algo novo na maneira de trabalhá-los;

5) Devil in the Details: Aqui fica clara a experiência com os backing vocals. Acredito que se desse pra desligar os canais coms os backings – pra testar – se teria algo muito parecido com o que foi criado no Meds;

6) Bright Lights: Teclado com timbre de Moog e vocal dobrado trazem a música mais marcante do álbum até agora. Pelo que me conheço, mais algumas voltas desta aqui no iTunes e ela estará cicatrizada na minha cabeça;

7) Speak in Tongues: Novamente o teclado aparece de modo marcante e com um timbre agudo pouco comum nos álbuns anteriores. Baixo marcado e guitarra entrando afu no refrão.

8) The Never-Ending Why: Estrutura clássica de música do Placebo – começa com guitarreira, acalma na entrada do vocal, caixa da batera começa a marcar, acelera, rolo de bateria, entra todo o instrumental, ponte, uma volta de refrão, retorna à batera marcada mas com o teclado agudo novo. Muito bom!

9) Julien: Com todo o espaço que os Eletro-qualquercoisa tomaram nas rádios e pistas de hoje, não é surpresa a batidinha desta música, embora sempre que eu ouço algo assim acontecendo, eu inevitavelmente lembre de My World, do Guns, e isso é apavorante. Eu realmente gosto de Placebo, mas esta faixa é bem dispensável;

10) Happy You’re Gone: E o tecladinho agudo segue mostrando ao que veio. É divertido ouvir Placebo e lembrar de Superphones: a bateria é muito 9th Floor. Hehehehe.

11) Breathe Underwater: Sempre respeitarei a capacidade do Placebo de fazer bons refrões.

12) Come Undone: Boa levada, mas levando em consideração o conceito do gráfico do Fabian, eu não colocaria essa música como penúltima do álbum. Se bem que os caras vendem pra caralho, e devem saber como fazer isso melhor do que eu. Hehehe. Nada como não ser comentarista de futebol e poder reconhecer o próprio desconhecimento.

13) Kings of Medicine: Eu achando ou não que a música anterior deveria estar onde está, esta certamente foi uma escolha genial pra fechar o álbum. Melodia do caralho! Metais, teclado e um refrão muito grudável! Foda mesmo!

Bem… essa termina por aqui. Se tu der certo tem mais muito em breve.