Battle for the Sun – Placebo (2009)

Battle for the Sun

Depois de séculos sem escrever porra nenhuma aqui, lá vou eu pra mais mais uma resenhazinha musical.

Como eu ando mais alheio do que nunca aos acontecimentos da vida das bandas que eu gosto, eu não tenho lá muitas informações sobre a produção do mais novo album do Placebo. Dessa forma, vamos apenas aos comentários sobre as músicas, uma a uma:

1) Kitty Litter: Os timbres da primeira música puxam pra um Placebo muito mais Without You I’m Nothing do que pra um Placebo Meds, embora a levada da música mantenha a mesma pilha do Meds;

2) Ashtray Hearts: Quem me conhece medianamente bem sabe a extensão da minha abominação em relação à língua Espanhola. O que torna nada surpreendente a péssima sensação que os backing vocals em espalhol que abrem a música (e que infelizmente voltam em todos os refrões). Ponto pro Placebo que conseguiu fazer uma melodia empolgante o suficiente pra que eu consiga relevar o espanhol;

3) Battle for the Sun: Música que batiza o album, eu já tinha tido a chance de ouvir antes do lançamento, graças a uma promoção feita pela banda pra quem assina a mailing list deles. Novamente me soa como uma mescla eficiente de timbres de um Placebo mais antigo com um ritmo do Placebo dos últimos albuns;

4) For What is Worth: Até agora a música mais diferente do álbum. E considerando os backing vocals desta música e os da segunda, dá pra sacar uma proposta de experimentar algo novo na maneira de trabalhá-los;

5) Devil in the Details: Aqui fica clara a experiência com os backing vocals. Acredito que se desse pra desligar os canais coms os backings – pra testar – se teria algo muito parecido com o que foi criado no Meds;

6) Bright Lights: Teclado com timbre de Moog e vocal dobrado trazem a música mais marcante do álbum até agora. Pelo que me conheço, mais algumas voltas desta aqui no iTunes e ela estará cicatrizada na minha cabeça;

7) Speak in Tongues: Novamente o teclado aparece de modo marcante e com um timbre agudo pouco comum nos álbuns anteriores. Baixo marcado e guitarra entrando afu no refrão.

8) The Never-Ending Why: Estrutura clássica de música do Placebo – começa com guitarreira, acalma na entrada do vocal, caixa da batera começa a marcar, acelera, rolo de bateria, entra todo o instrumental, ponte, uma volta de refrão, retorna à batera marcada mas com o teclado agudo novo. Muito bom!

9) Julien: Com todo o espaço que os Eletro-qualquercoisa tomaram nas rádios e pistas de hoje, não é surpresa a batidinha desta música, embora sempre que eu ouço algo assim acontecendo, eu inevitavelmente lembre de My World, do Guns, e isso é apavorante. Eu realmente gosto de Placebo, mas esta faixa é bem dispensável;

10) Happy You’re Gone: E o tecladinho agudo segue mostrando ao que veio. É divertido ouvir Placebo e lembrar de Superphones: a bateria é muito 9th Floor. Hehehehe.

11) Breathe Underwater: Sempre respeitarei a capacidade do Placebo de fazer bons refrões.

12) Come Undone: Boa levada, mas levando em consideração o conceito do gráfico do Fabian, eu não colocaria essa música como penúltima do álbum. Se bem que os caras vendem pra caralho, e devem saber como fazer isso melhor do que eu. Hehehe. Nada como não ser comentarista de futebol e poder reconhecer o próprio desconhecimento.

13) Kings of Medicine: Eu achando ou não que a música anterior deveria estar onde está, esta certamente foi uma escolha genial pra fechar o álbum. Melodia do caralho! Metais, teclado e um refrão muito grudável! Foda mesmo!

Bem… essa termina por aqui. Se tu der certo tem mais muito em breve.

Battle for the sun

É sempre horrível se constatar que estamos desatualizados em relação à coisas que gostamos. Desse modo, em uma decisão pessoal de me atualizar sobre coisas que eu costumava saber sempre, fui atrás de algumas notícias sobre música. A primeira que me chamou atenção foi sobre o Placebo ter disponibilizado (sempre lembrando que esta palavra não existe) para para download a música que tem o mesmo nome do novo album da banda que será lançado no dia 8 de junho deste ano, Battle for the sun.

Nem entrarei no mérito de eu não entender porque alguém lutaria pelo sol. Mas o fato é que a declaração sobre o novo disco, feita pelo Brian Molko, é de que ele vai soar mais otimista. Ouvindo a música nova e levando em conta que “Follow The Cops Back Home” do Meds é uma das músicas mais confortavelmente tristes que eu já ouvi, faz mesmo sentido a declaração.

Musicalmente, seguem os vocais mais graves que já vem sendo usados desde o Sleeping With Ghosts, mas a mudança de baterista e produtor são bastante notáveis. Vamos ver no que dá o conjunto todo da coisa.