Aproveitei o feriado de Carnaval para fazer algo muito mais louvável do que continuar incentivando aquele bando de sem noção a continuar levando todo aquele desfile a sério: terminei de ler o segundo livro da trilogia de Eragon.
Mais uma vez o iniciante escritor me surpreendeu. Inevitavelmente quando se cai no clichê de fazer uma trilogia, se é vítima de outros clichês que são praticamente inevitáveis em uma história de aventura e fantasia medieval com seres fantásticos, magia, armas, armaduras e dragões. Mas ainda assim o guri administrou bem os clichês.
Eldest segue exatamente de onde Eragon parou. Os acontecimentos que ocorrem no fim do livro e que foram completamente ignorados no filme me deixam completamente sem saber como diabos os roteristas e diretores farão pra filmer os acontecimentos seguintes. O livro começa arrastado, narrando ao mesmo tempo a ida de Eragon para seu treinamento entre os elfos, o que acontece na vida de seu primo Roram, e o que ocorre com os Varden até que Eragon volte a encontrá-los.
Mortes inesperadas, desafios psicológicos, um romance menos clichê do que o que foi retratado no filme. Além disso, elfos muito melhores que as malas de sempre. Não, infelizmente Paolini não nos livra de um bando de elfos que adoram poesia e música, mas os faz mais fortes, poderosos, e corajosos. E muito, muito menos afetados.
O treinamento de Eragon é um clichê daqueles mais empolgantes. Fazia tempo que eu não lia nada com um protagonista que agora iria treinar pra ficar fodão. Não contarei como ele desmantela o clichê mais tarde.
Infelizmente o cretino ainda não escreveu o último e agora tenho que ficar esperando pra saber como a história termina. Pra quem curte aventuras medievais, com um conceito bem diferente de magia e com uma visão de bem e mal muito mais cheia de nuances do que o preto e branco habitual, aconselho que compre logo e leia. Algumas livrarias ainda dão um ingresso de graça pra assistir Eragon na compra de qualquer um dos volumes da trilogia.