Voltou a ser discutido um tema sobre o qual me interesso muito: a privatização dos presídios no Brasil. Por mais ou menos polêmico que seja o tema, e por mais que eu seja a favor da provatização dos presídios, acredito que um país que não compreende o conceito de punição não esteja preparado para tal alteração no funcionamento do sistema carcerário.
Pra ter uma idéia no potencial de idiotice atual, o tema esta sendo discutido hoje no Jornal do Almoço na RBS e o convidado em questão estava comentando sobre as denúncias que os presos estavam fazendo de que membros de facções diferentes estavam sendo misturados e isso era perigoso. Claro… MAS QUEM DISSE QUEM TEM QUE TER FACÇÕES EM PRESÍDIO? Se elas existiam na favela onde os criminosos habitavam antes elas acabam na porta da prisão! Eles têm que ser misturados, realocados de pouco em pouco tempo, para que nunca se possam formar facções dentro do presídio. Como eu já comentei outras vezes, prisão não é hotel! É para ser ruim! É para fazer o criminoso se arrepender! Senão não serve pra nada.
E o “problema do celular” se resolve com telefone fixo. Basta instalar barreiras magnénicas para impedir o sinal do celular e colocar telefones fixos com senha. Televisão, só pra ver filme. Nenhum preso precisa saber o que seus comparsas estão fazendo na prisão.
Não entrarei no mérito das visitas porque elas não deveriam existir. Se o cara vai ficar sem ver a família devia ter pensado nisso antes de fazer merda. Até porque, verdade seja dita, a família preferia ser ver livre dele mesmo.
Por fim, por mais que eu queira implantar o colchão vitalício, o talher vitalício, a prisão de metal e os pés descalços, e todos os outros dispositivos disciplinares revolucionários, a verdade é que um país sem pena de morte não pode privatizar presídios, simplesmente porque todo e qualquer caso de corrupção deste sistema precisaria ser punido com morte, ou então o Brasil estaria definitivama e oficialmente entregue aos ladrões.