A Desgraçada Arte de Desfazer Amigos

Os seres humanos são como os materiais utilizados pra um grande número de explosivos, que quando não misturados, mantém seu potecial de destruição a um nível muito baixo ou até mesmo inexistente. Adicionando uma boa quantidade de álcool a mim o potencial de destruição (de mim mesmo, das coisas e pessoas em volta, das situações, e de tudo mais que estiver ao meu alcance) alcança o nível máximo. Claro que não é culpa do álcool. Ele é apenas um ingrediente, e culpar o álcool por isso seria como culpar o pano e a garrafa do coquetel molotov. O potencial sempre esteve lá. Desencadear os efeitos colaterais, no caso dos seres humanos, cabe a si mesmo, e não a terceiros como no caso das bombas.

Faço amigos com uma facilidade incrível. Os desfaço com uma violência, uma estupidez e uma inconsciência impressionante. Faz parecer mentira quando eu digo que o mais importante são os amigos. Prova ser mentira quando digo que não me arrependo de nada que faço. Prova ser verdade que eu geralmente não tenho a menor idéia do motivo pelo qual faço a grande maioria das coisas que eu faço na vida.

Tudo isso desencadeia: culpa, tristeza, vontade de desaparecer, consciência de algumas vozes que se ouviu vociferar furiosamente em relação a outras pessoas certamente disseram as mesmas palavras sobre ti, e isso é uma absoluta merda.

Sou autor de cagadas que jamais vi ninguém reproduzir. Ou pelo menos ninguém contar e admitir. A absoluta certeza de que uma cagada dessas não é a última é algo que tira um pouco o fôlego pra pensar em tentar mudar algumas coisas.

Não existe desculpa, culpa, tristeza que pareça autentica depois de uma boa cagada. A consciência da própria estupidez resulta em nem mesmo se tentar desculpar, porque se sabe que tu mesmo não se desculparia.

O resto é merda.

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