Final de Semana em 3 Partes

Sexta-Feira:

A festa da Patricinha na quinta foi fortíssima. Acordei atrasado, com a cabeça demolida, e procurando em cada canto do quarto uma boa desculpa pra dar pro meu chefe e matar o trabalho. Uma vez que tudo que encontrei foram roupas fedendo a cigarro, fui trabalhar.

Longo dia de trabalho infrutífero. Um Banrisulzinho chinelo básico, uma ida a uma loja da Sthil pra preparar um trabalho que pode ser bom. Em meio a isso combino os detalhes da ida a São Leo com a Rê. Em meio a isso, acerto o que faltava para a janta polêmica na casa de uma amiga.

Noite. Cris e Mari quase me deixam louco se atrasando pro trem. Felizmente eu estava errado e o último era as 23:20. Uma velha puta rouba meu cartão telefônico que esqueci no orelhão, em questão de um minuto. Espero que ela se engasgue com um pedaço de galinha e morra na frente dos netos.

Chegamos a São Leopoldo e encontramos a Rê, o Ricardo e a Nay na parada. Legal o carinha. Garotas lindas, como sempre. Saudades. Caminhamos até o expresso. Cervejas bebidas no modo protestante. Muitas. Shows, contatos, shows no futuro. Menina de vermelho, beijos, pedofilia involuntária. Falo muito menos com a Rê do que eu gostaria. Bebo. Apago.

Sábado:

Acordo em casa. Nem sinal da volta de São Leopoldo na minha mente. Levanto, caminho pela casa. Tenho a impressão de que meu irmão está no quarto dele, mas ele devia estar na casa da namorada. Ouço um ruído. Cris no quarto azul. A mari é que está no quarto verde. Volto pro meu. Não consigo mais dormir. Levantamos. Acordamos a Mari. Eu e o Cris curamos a ressaca com uma miraculosa comida árabe. Nós dois achamos a dona do restaurante gostosa. Conversamos sobre o relacionamento entre os seres humanos. Voltamos pra casa. Mari acordada fuçando no computador. Tagarelamos, teclamos, tocamos. Hora de fazer a manutenção do moicano. Todos vão embora. Vou pro mojo. Sim, pode fazer a cicatriz aparecer. É, foi uma tacada de snooker. Mas eu não senti nada. Volto pra casa, não consigo dormir. Convido a Lê pra ir comigo no Pedrinho pelo aniversário da Gigi. Vamos pra lá. Cerveja, DVD Superphonico, clipes toscos. Vamos embora. Caminhamos na chuva. Conversamos muito. Cansados. Minha casa. Champagne. Mais conversa. Embromamos, como sempre fizemos. Beijos. Faziam sete anos. Ela vai pra casa. Deito, apago.

Domingo:

Acordo meio-dia. Falo com o Marcelo, falo com o Cris, esqueço de falar com a Mari, o que a deixa puta mais tarde. Vou pra casa do Marcelo. Almoçamos massa com berinjela e abobrinha. Pimenta, alho, shoyo. O Cris chega. Tocamos algumas músicas com o brinquedo novo do Marcelo. Hora de ir. Estação de trem, vento. Vamos pra Canoas. Gravamos as guias. Nos atrapalhamos um pouco com o metrônomo no início. Depois tudo resolvido. Filamos rango do pai do Cris. Voltamos pra Porto. Decidimos ir em uma Lan. Nos damos alguns tiros. De volta pra casa. Lê no msn. As conversas são semelhantes às de sete anos atrás.

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