Desde o dia em que, depois de me desenozarem do cordão umbilical, eu vim ao nosso complexo mundinho, a cultura brasileira ruma em toda velocidade lomba a baixo. Não que a noção algum dia tenha imperado inabalável sobre nossa culura, mas creio que estejamos finalmente cavocando no fundo do poço.
Creio que o início do fim talvez tenha sido com a criação do Aqui e Agora no SBT, quando pela primeira vez a Rede Globo resolveu nivelar por baixo. Daí foi uma queda vertiginal.
Em meio à caralhada de coisas que me preocupam em relação à nossa cultura, creio que a mais crítica ainda não foi notada por ninguém. O Brasil ruma ao fim da ereção nesta nação!
Quando eu era um piá de merda, era uma trabalheira ver uma mulher sem roupa. Tu tinha que roubar revistas do pai escondido, tentar ver as colegas trocando de roupa pelo buraco da fechadura e tudo o mais. Mesmo com o advento da internet, ainda tinha que ser esperto o suficiente pra pesquisar nos lugares certos.
Atualmente basta ligar a TV, a qualquer horário, em qualquer canal. Sempre tem uma bunda quicando. Barbada!
OK, isso facilita a vida dos adolescentes. O problema é que metade da nossa fissura e diversão em ver as minas peladas vinha da dificuldade. O estímulo vem do que tu não está acostumado a ver/usar/sentir o tempo todo. Ninguém jamais adoraria uma comida “x” se o cheiro dela estivesse o tempo inteiro no ar do ambiente. Do mesmo modo, se uma criança vê uma mulher pelada se mexendo como uma serpente desde os três anos, nunca ficará de pau duro por causa disso.
Isso claramente é um problema para as gerações futuras.
De qualquer modo, se eu nascer de novo, certamente não será no Brasil, portanto creio que não devo me preocupar muito. Mas fica o conselho pros pais: não banalise a mulher pelada na vida do seu filho! Ele pode sofrer terríveis consequências com isso.