O Último Rei da Escócia – Kevin MacDonald

No início da seman fui assistir O Último Rei da Escócia. Minha única espectativa sobre o filme provinha da informação de que Forest Whitaker estava sendo indicado ao Oscar pelo papel de Idi Amin Dada. Muito felizmente, minhas espectativas foram superadas. Eu não conhecia a história deste interessante ditador da Uganda, o que não me permite analisar a veracidade do que é contato no filme. Mas muitas coisas fazem valer a pena ver o filme.

Forest Whitaker está realmente muito bem no papel. O olhar alucinado com que ele olha para seu conselheiro escocês (pelo qual ele se afeiçoa quando este, sendo médico, coloca uma tala na mão dele), unido à incrível fotografia de tons amarelados do filme caracterizam a loucura de Amin de uma maneira genial.

O ator principal – James McAvoy, que me faz crer que a grande maioria dos atores escoceses são o Ewan McGregor em diferentes fases da vida – também é muito bom.  Acho que nunca o vi em outro filme antes, e se o vi, provavelmente o confundi com o Ewan McGregor. A transição de divertido deslumbramento causado pelo improvavel papel que ele toma no governo da Uganda, para o pavor de entender onde se meteu é muito bem caracterizada.

Além disso, como já falei, a  fotografia é ótima, e ainda temos uma Gillian Anderson mais velha, mais magra e muito mais bonita do que a velha Scully do Arquivo X.

Espero que o olhar ensandecido de Whitaker dê mesmo a ele um Oscar. Ele provou poder fazer bem mais do que fazer cara de misterioso no Twilight Zone.